Uma pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que 66,8% dos homens e 63,4% das mulheres entrevistados praticam sexo oral, ou seja, o sexo oral é bem visto pela população brasileira sexualmente ativa. Entretanto, se esquecem que durante o sexo oral, várias doenças sexualmente transmitidas podem ser passadas.
Nessa pesquisa ainda, 7 entre 10 mulheres afirmaram não usar preservativo para fazer sexo oral no parceiro, o que pode ser um prato cheio para o contágio por sífilis, gonorréia, herpes, entre outras. Esquecem que um pequeno machucadinho no canto da boca pode ser o foco de entrada no organismo de uma doença séria. Mesmo o HIV, que causa a Aids, pode ser transmitido dessa forma. Sabemos que o PH da boca não propicia o contagio, mas mesmo assim, tem o seu risco.
Agora, sabemos que a mulher tem mais proteção ao sexo oral, se o parceiro usar preservativo, ela corre menos riscos. Mas, e o homem, como ele pode se proteger do contágio fazendo sexo oral numa mulher? Bom, aí é que está, quem vai fazer sexo oral passando filme plástico ou cortando uma camisinha ao meio para proteger a boca do contato com a vulva? Daí, aquilo que sempre falo, ter parceiros fixos, com intimidade e sabendo que cada um cuida de si para o outro.
Mas, continuando, para aqueles que acham que o contágio é apenas pela parte externa que conta, saibam que o sêmen contém microorganismos, que podem causar gonorréia, sífilis, a falta de higiene do parceiro ou parceira podem passar fungos e bactérias, como a candidíase ou moliníase bucal, o famoso “sapinho”; que alimentos usados no sexo oral, como chantilly e calda de frutas, chocolate, caramelo, podem causar alergia e irritação na mucosa genital, assim como alguns preservativos ou géis com sabores.
Existe ainda uma camisinha de língua, mas que de proteção também não é lá essas coisas, servindo mais para “apimentar” a relação.
Mas calma, nada de pânico. Todo cuidado é bem vindo, inclusive em utilizar o preservativo assim que as preliminares começam a ficar mais “quentes”, pois colocar a camisinha no meio da relação ou prestes a atingir o orgasmo, é o mesmo que nada.
Mais uma vez, vale lembrar a boa prática sexual, com um parceiro estável, com quem tenha intimidade para discutir sobre sexualidade, saúde e higiene.