Home Ads

02 setembro 2010

6ªFeira Dia do Homem

 

 

yetuy

 

Este facto é consumado; já não requer negociatas, nem invenção de desculpas esfarrapadas. José José quando sai do trabalho as 17 horas, sente-se um tanto quanto estranho de se sentir possuidor de tamanha preciosidade… Liberdade! “carta de Alvará!” A famosa licença para desbundar.

Ora bolas! estou aqui a falar de um tema tão rico e intrigante usando pseudônimos; José José; onde já se viu coisa assim?

Este e um sentimento legítimo na primeira pessoa, embora não tenho tido este privilégio faz já muito tempo [matéria para outras fábulas], ainda posso contar o que milhões de homens de H maiúsculo já sabem. Uns vivem a novela toda a sexta-feira, outros fingem conseguir materializar o sonho de todos alfa-machos.

Na quinta-feira à noite, enquanto faço a revisão mental das atividades do dia seguinte no escritório, deparo com a minha mente frívola de ansiedade percorrendo os planos pormenorizados da função pós 17 horas. Nem me lembro de ter revisto a reunião das 14 horas com a diretoría. Nada. Só 17 horas. Percorreu pelo meu corpo um sentimento forte, indescritível; senti um calor e sorri…

Amanhã é dia do galo. Bendito camarada que idealizou o dia do homem.  O dia passa lento. Passo de camaleão coxo, mas acaba chegando às 17 horas. Quando eram ainda 16 horas, comecei a preparar-me, fui aos lavabos me refrescar, pentear, re-pentear, ajustar a calça, re-ajustar a coeca, limpar os sapatos, enfim, a lista do ritual de asseio torna-se infinita às sextas.

Para ter certeza de que não seria importunado no “meu dia” ligo para casa para jogar conversa fora, e como quem não quer nada, fazer-la saber de que a pilha do meu móvel não esta lá muito abastada de carga. Logo após, desligo o aparelho.
Afinal hoje é sexta-feira, dia do homem, tá tudo liberado, é geral (como quem diz).

Para começar a gozar do “meu dia,” que afinal de contas já é noite, vou me encontrar com a malta no “pub” da baixa. Tomar umas e outras, por a fofoca em dia (afinal macho também tem “updates” para fazer, sobre as fesquinhas), mais logo quando já estiver no ponto, talvez uma volta para casa 2. Programa perfeito.
Desço a avenida com um sorriso maroto, já a pensar nos desfrutes da carne.

Chegado ao bar, não esta la ninguém da malta. Talvez ainda seja sedo. Calmamente, sorvo uma taça e outra atrás da última. Não aparece João Paulo nem Paulo João. Ninguém. Espera ai; afinal eu tenho um celular nê? Poderia ligar para alguém. Mas seria arriscado demais, a minha primeira-dama poderia acesa-me nessa janela. Ainda me estraga o dia/noite.

Já que os gajos não dão as caras, talvez ganhe mais se for para casa 2. Lá as coisas com certeza são menos frustrantes. Acabo a taça depois da última e peço a “saideira”.

Saio em direcção ao carro sentindo-me um tanto quanto confuso, afinal de contas onde fica a casa 2? Ela é o produto da minha psicose, tentando criar uma extensão do meu quarto fora das obrigações domésticas. Um ninho de mel com voluptuosas companhias. Afinal não cheguei a arranjar uma…

Com um misto de aprovação e desanimo, meto a mão no bolso:

- Alô? Olá amorzinho. Vou passar pelo supermercado, queres que te traga algo daqui?

Pensando bem, porque sou homem, e tenho licença para desbundar, ainda que ainda não esteja assinada pela senhora. Melhor mesmo é ir para casa.

SoraFilms

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum rhoncus vehicula tortor, vel cursus elit. Donec nec nisl felis. Pellentesque ultrices sem sit amet eros interdum, id elementum nisi ermentum.Vestibulum rhoncus vehicula tortor, vel cursus elit. Donec nec nisl felis. Pellentesque ultrices sem sit amet eros interdum, id elementum nisi fermentum.




Contact Us

Nome

E-mail *

Mensagem *